Objective To identify the barriers to provide to women and adequately train physicians on therapeutic abortions in public hospitals in Peru. Methods Descriptive cross-sectional survey-based study. We invited 400 obstetrics and gynecology specialists from 7 academic public hospitals in Lima and 8 from other regions of Peru. Expert judges validated the survey. Results We collected survey results from 160 participants that met the inclusion criteria. Of those, 63.7% stated that the hospital where they work does not offer abortion training. Most of the participants consider that the position of the Peruvian government regarding therapeutic abortion is indifferent or deficient. The major limitations to provide therapeutic abortions included Peruvian law (53.8%), hospital policies (18.8%), and lack of experts (10.6%). Conclusion Most surveyed physicians supported therapeutic abortions and showed interest in improving their skills. However, not all hospitals offer training and education. The limited knowledge of the physicians regarding the law and institutional policies, as well as fear of ethical, legal, and religious repercussions, were the main barriers for providing abortions.
Objetivo: Identificar as barreiras para oferecer às mulheres e capacitar adequadamente os médicos sobre abortos terapêuticos nos hospitais públicos do Peru. Métodos: Estudo descritivo transversal baseado em inquérito. Convidamos 400 especialistas em obstetrícia e ginecologia de 7 hospitais públicos acadêmicos de Lima e 8 de outras regiões do Peru. Juízes especialistas validaram a pesquisa. Resultados: Coletamos os resultados da pesquisa de 160 participantes que atenderam aos critérios de inclusão. Destes, 63,7% afirmaram que o hospital onde trabalham não oferece treinamento sobre aborto. A maioria dos participantes considera que a posição do governo peruano em relação ao aborto terapêutico é indiferente ou deficiente. As principais limitações para fornecer abortos terapêuticos incluem a lei peruana (53,8%), políticas hospitalares (18,8%) e falta de especialistas (10,6%). Conclusão: A maioria dos médicos pesquisados apoiava o aborto terapêutico e demonstrava interesse em aprimorar suas habilidades. No entanto, nem todos os hospitais oferecem treinamento e educação. O conhecimento limitado dos médicos sobre a lei e as políticas institucionais, além do medo de repercussões éticas, legais e religiosas, foram as principais barreiras para a realização do aborto.